Lá para, seu lá, 2001-2003 resolvi escrever uma série de poemas apenas numerados. Seriam "Poema 1", "Poema 2", etc. O resultado ficou interessante porque, já que os poemas não possuem títulos, tendem à abstração, já que me pauto muito pelos títulos para escrever (e também para entender. Quem me conhece sabe minha obsessão em saber os nomes das músicas que escuto, etc... sempre achei que seria melhor para memorizar, organizar no meu "hd humano" a quantidade imensa de informações que absorvemos, etc.). Vou deixando aos poucos, então, aqui, esta série, que é de 12 poemas, mas não sei se vou colocá-los todos, porque não sei se são todos que prestam. Fica aí, então, o Poema 1:
Poema I
Nós estamos em aberto
esquecemos vicissitudes
abrimo-nos comparativamente
a um eterno alvorecer
que é nossa máscara de transformação.
Quero andar na direção oposta
e deparar-me com a barreira invisível
que nos coloca
e rodeia, e consome.
Andar até o limite do universo
e descobrir que até o infinito
tem para nós sua finitude.
Um comentário:
é sempre interessante ver o modo como vc mudou a sua poesia...
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