segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Mais arqueologia

Realmente não dá pra postar todos da série "Poemas e outros poemas", já que tem alguns de qualidade muito precária. Estou botando pra jogo alguns mais ou menos aceitáveis, que precisariam de muita reformas para ficarem mesmo "apresentáveis". Esse aqui, o poema 4, procura passar uma mensagem legal, de superação e processamento do sofrimento. Um poema muito modesto. Espero que curtam. Acessem Nexo Grupal para outros poemas dessa série...

Poema IV

É simples:
Porque às vezes é necessário que façamos isso.
Por mais que a carga, o chumbo, as balas
retornar fazer te podem não elas, não !
por mais que aquela catedrática, a Lua, a morte de um parente:
e se libertassem as algemas da sua alma?
Temos este presente incrível, com o qual nada podemos fazer
Podemos decorar nossos pés, nossas unhas, nossas peles: derramar rios [d’água invencíveis.
Para que assim possamos nos restabelecermos.
Devemos, porque podemos, retirar este pedaço de nós.
As lágrimas existem para filtrar nossa mente.

PS: esse "poema" tem um verso invertido. Coisa de quem está ansioso por inventar alguma coisa... santa ingenuidade...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Poemas e outros poemas

Lá para, seu lá, 2001-2003 resolvi escrever uma série de poemas apenas numerados. Seriam "Poema 1", "Poema 2", etc. O resultado ficou interessante porque, já que os poemas não possuem títulos, tendem à abstração, já que me pauto muito pelos títulos para escrever (e também para entender. Quem me conhece sabe minha obsessão em saber os nomes das músicas que escuto, etc... sempre achei que seria melhor para memorizar, organizar no meu "hd humano" a quantidade imensa de informações que absorvemos, etc.). Vou deixando aos poucos, então, aqui, esta série, que é de 12 poemas, mas não sei se vou colocá-los todos, porque não sei se são todos que prestam. Fica aí, então, o Poema 1:

Poema I

Nós estamos em aberto

esquecemos vicissitudes

abrimo-nos comparativamente

a um eterno alvorecer

que é nossa máscara de transformação.

Quero andar na direção oposta

e deparar-me com a barreira invisível

que nos coloca

e rodeia, e consome.

Andar até o limite do universo

e descobrir que até o infinito

tem para nós sua finitude.