sexta-feira, 25 de maio de 2007

Décimo Primeiro poema: como não quero gastar todas as minhas balas de uma vez (senão o blog acaba), vou começar a desencavar uns poemas bem antigos, que não fazem parte das seleções de "melhores" que geralmente mostro pras pessoas. Esse poema sobre o sonho é bem modesto, poderia crescer muito se eu resolvesse refazê-lo. Até tenho um outro poema tratando do mesmo assunto ("O Sonho 2", hehe), que ficou perdido no meio do caminho, e é um pouco melhor. Mas fica esse mesmo, porque o assunto é inesgotável e eu posso dizer que fico boa parte de todos os meus dias viajando em cima dos sonhos da noite anterior. Não seria exagero dizer que a vida dos sonhos é mais interessante que a vida de vigília. Escrito em 2001.

O Sonho

Baixo as pálpebras e movo-me por dentro.
Quando a luz é negada,
acendo minhas velas interiores de incenso,
e acho que nunca pararei de viver
a esfuziante manifestação que engrena minhas maquiagens.
Em instantes, não há mais cama, televisão, Sol e Lua.
Em instantes, não há mais braços, vento e cabelos.
Aos poucos, reconstruo meu mundo (diariamente),
e tudo o que me cerca se transforma em éter.
Em instantes, sou só pensamento.

3 comentários:

Anônimo disse...

Dreams

All people dream, but not equally.
Those who dream by night in the dusty recesses of their mind,
Wake in the morning to find that it was vanity.

But the dreamers of the day are dangerous people,
For they dream their dreams with open eyes,
And make them come true.

Luis disse...

Olá, Cirux!

gostei.
aliás, gosto quando vc faz poemas curtos. São bons, são cheios de coisas em poucos versos.

Precisamos marcar um dia aí pra jantar, hein?
Abraços

Anônimo disse...

Muito, muito bom.